segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

My life in a box

Com a chegada do final do ano, gosto de fazer uma retrospectiva do que fiz e de estabelecer objectivos para o novo ano. O meu maior feito, em 2014, foi a mudança para a ilha de São Miguel. E com esta mudança vieram os 10 desafios para eu superar. 
O primeiro foi gerir a tralha toda que acumulamos individualmente e enquanto casal. Acreditem, nunca pensei que tivéssemos tanta coisa. Entre pratos e talheres, decorações, quadros, mobília, electrodomésticos, roupa, ficamos atolados de caixotes e fita adesiva até acabar a primeira mudança. Embrulhar tudo o que é frágil, etiquetar os caixotes, anotar o que está dentro deles, fechar tudo... Tudo isto se tornou mecânico e automático.
O segundo desafio foi conseguir enviar os veículos para a ilha, de forma a que chegassem imaculados. Mas entre a carpintaria e a engenharia, lá conseguimos. 
O terceiro desafio foi a despedida. Saber que o dia X se está a aproximar e será uma inevitabilidade é tramado. As emoções foram difíceis de gerir.
O quarto desafio foi ficarmos separados pela primeira vez, durante tanto tempo. Tenho a perfeita consciência de que há situações de casais bem piores, mas cada um gere a sua como pode. E eu não geri a minha da melhor forma. Estava habituada, dizem. 
O quinto desafio foi deixar a nossa realidade enquanto casal e passar a ter uma nova realidade, muito diferente da nossa. Não estou a dizer que é melhor ou pior. Mas sim um elemento novo para nós, que tivemos (e temos ainda) que superar. 
O sexto desafio (pelo menos para mim) são as saudades. As saudades da família, dos amigos, dos lugares, dos passeios, da possibilidade de fazer algo. Viver nos Açores dá-nos uma qualidade de vida que não se consegue em parte alguma no continente. Mas por outro lado, tira-nos a sensação de termos a possibilidade de escolher o que queremos fazer. Um exemplo muito simples: aqui podemos escolher a qual shopping queremos ir, se quisermos ir ao cinema.
O sétimo desafio é saber que, quando voltar,  não vou encontrar as mesmas pessoas. Sei que foram tentar a sua sorte para longe... Canadá, talvez. Isso é um desafio que não sei se consigo superar, porque não sei se consigo aceitar a ideia de vocês (sabem quem são) irem para tão longe. Vou ter tantas saudades. Sei que também estou longe, mas que, quando regresso a casa, vocês estão lá. E isso não vai acontecer da próxima vez.
O oitavo desafio é gerir a vida sem as tralhas arrumadas no primeiro desafio. Sei onde estão essas minhas coisas, mas não lhes posso mexer. Não tenho lugar para elas no meu novo mundo. Por enquanto ficam nos caixotes e peço para que não se estraguem com a humidade. Se tenho essas coisas todas, que comprei (ou compramos) quero usufruir das mesmas. Mas não posso...
O nono desafio é chegar a casa e ver tudo o que é meu em caixotes. Já não bastava os caixotes que levamos, os meus pais resolveram encaixotar parte da minha existência. Não foi a minha existência completa, foi só parte. Mas faz-me pensar no que eles próprios passaram quando saíram da casa dos pais. Será que levaram tudo com eles ou também foram deixando fragmentos para trás, para dar aquela sensação de conforto?
O décimo desafio é ser capaz de superar estes nove desafios e entrar em 2015 com energia para enfrentar mais uns tantos.

Por isso, sinto-me constantemente encaixotada...

Rita D.*


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Curso de pastelaria

Este ano frequentei um curso de pastelaria. Gostei muito e aprendi imenso. Ficam aqui fotos dos doces que fiz em casa.
Bavaroise de dióspiro

Bolo de capucho

Pudim de claras

Gelado de morango

PAE

Procura Ativa de Emprego!

Termos novos que a gente aprende em sessões de esclarecimento obrigatórias que por aí andam! Ainda não sei se aprendi algo de novo, fiquei demasiado baralhada.


O que me dá sempre uma sensação de overwhelming (não consigo identificar uma expressão exata para português) é não saber o que quero nem o que sou capaz. Passo a explicar. Quando abro um site de pesquisa de emprego (o que faço todos os dias e em diversos sites), nunca sei o que pesquisar. Engenharia do ambiente? Talvez. Neste momento não sei se me identifico como engenheira. O meu curso acabou em Julho de 2010. Já lá vão mais de 4 anos. Muita coisa mudou. Turismo? É uma possibilidade. Que mais? Organização de eventos? Vendas? Investigação? Secretariado? E depois onde? Açores? Continente? Angola? Europa? A seguir vem o como: enviar email ou entregar pessoalmente. O que pesquisar, para onde ir, qual o melhor caminho a seguir, o que fazer diferente ...
Todos os dias fico com esta sensação. Já não sei do que sou capaz. Já não sei o que sou boa, extraordinária a fazer. Aquilo que me distingue dos outros. Obviamente não está no currículo, senão já tinha emprego. Começo a ficar com a auto-estima profissional lá bem para baixo.
O ano novo vem aí. E com ele vêm novas resoluções e objetivos! 

Rita D.*

A minha estrela de Natal


Santa Claus is coming to town

(Quase) Toda a gente sabe que a minha celebração preferida é o Natal. O que eu menos gosto no Natal é o espírito consumista que se abate sobre todos nós. Nem da saudade que chega nestes dias das pessoas que amamos, mas que já partiram.
O que eu gosto é o cheiro do Natal. Aquele cheiro a castanhas assadas na baixa portuense. Ou as queimadas nos dias de sol. A cozinha que cheira a canela e a açúcar e, depois, esse perfume invade a casa toda. 
O que eu gosto é de passear na baixa, ver montras e escolher a prenda perfeita. Agora é complicado, as prendas perfeitas normalmente são carinhas...
O que eu gosto é de celebrar o Natal com a família, casa cheia. Todos à mesa a conversar, aquecidos pela lareira, e a saborear a refeição feita com carinho pelos mais velhos. 
O que eu gosto é de ver a cara das pessoas quando abrem as prendas e descobrem algo novo.  Dá trabalho conseguir comprar algo que agrade. 
O que eu gosto é de ficar cheia de farinha de amassar a massa dos biscoitos ou com os braços doridos de tanto mexer os doces.
O que eu gosto é de ouvir e ver, todos os anos, os concertos do Andre Rieu e os Il Divo. Já é tradição. 
O que eu gosto é de decorar a casa, com os enfeites recolhidos e comprados ao longo dos anos.
Este dia está quase quase aí.  Eu estou quase aí, para celebrarmos o Natal todos juntos. Este ano vai ser ainda mais especial, porque temos um convidado que todos nós gostamos. Comportam-se :)
Feliz Natal para todos!

Rita D.*

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Palavras que não saem

Há já muitos dias que quero escrever algo, alguma coisa que seja neste blog. Mas não tenho tido a capacidade de me concentrar para o fazer. Sei que, no momento que o fizer, vou chorar. Vou ficar triste e não quero. Quero concentrar-me nas coisas boas da vida. Está tão, mas tão difícil. 
Tenho a perfeita consciênca que sou sortuda, isso não posso negar. Tenho um namorado mais que fantástico, uma família incrível e amigos fabulosos. Isso tenho. E saúde. Mas mesmo assim falta aquele elemento estabilizador, o emprego, o salário no final do mês. Preciso daquela sensação de me sentir útil. De puder ajudar nas despesas. De puder sonhar, de estabelecer mais objetivos para a minha (nossa) vida.

Rita D.*

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Post # 200

Este texto é sobre um arrependimento que tenho. Que me ocupa parte do coração e que tende a retrair-me. A minha avó faleceu há pouco menos de ano e meio. Ela costurava, fazia renda, tricot e tínhamos alguns projetos em conjunto, que nunca viram a luz do dia. Por minha culpa. Porque havia dias em que não tinha paciência para ouvir, outros simplesmente não estava com vontade. Agora quero aprender a costurar, a fazer tricot, mas ao mesmo tempo não quero. De cada vez que faço tricot penso que ela estaria orgulhosa de mim estar a tentar, mas queria que ela visse e me desse as suas preciosas dicas. A minha avó partiu e não tenho como tirar este sentimento horrível de dentro de mim. A minha avó partiu e não me despedi dela... Só damos valor às pessoas depois de as perdermos? Ela sabia que eu a amava. Eu gosto de acreditar que sim.
Tercília, estejas onde estiveres, quero que saibas que te amo e que tenho mais do que muitas saudades tuas. Deixaste-me desamparada. Poh, agora ninguém me dá rissóis de camarão. Estou a brincar. Por vezes, sinto-te perto de mim. Sabes que eu não estou sempre a pensar em ti, porque não quero estar sempre triste...
Rita D.*

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Desabafo #1

Crise. A palavra mais utilizada nos últimos anos. Não gosto nada dela. É simplesmente a palavra que arranjaram para justificar medidas destrutivas para a nossa economia, para os preguiçosos serem ainda mais preguiçosos e para validarem a emigração jovem e não tão jovem (vejam o caso de Fernando Tordo, por exemplo). Gostava mesmo que encontrassem uma nova palavra. Temos um leque variado de expressões no nosso dicionário. Por exemplo, incompetência. Preguiça. Oportunista. 
Fico frustrada com todo este sistema manipulado, que beneficia quem não quer trabalhar e prejudica quem luta diariamente por um futuro melhor. Fico frustrada com a falta de consideração pelos nossos idosos, muitos não têm pensão que sustente a medicação, mas também não têm direito a nenhum complemento social. Fico frustrada com a facilidade de muita gente viver à custa de subsídios e outros apoios sociais. Fico frustrada por ver tanta gente a passar dificuldades. Fico frustrada porque sei que o futuro não se avizinha nada colorido e não há nada que possa fazer. Eu cá, que não vivo com os meus pais, não tenho direito a nada de nada. Basicamente, é dizerem "Desenrasca-te!" Felizmente eu "desenrasco-me", porque tenho uma rede de apoio, a minha família, a continental e a açoriana. Mas nem todos têm o mesmo tipo de suporte.
Também trabalho para me manter independente. Não gosto  de viver às custas dos outros, prefiro ser eu fazer os meus próprios sacrifícios. Ir ao cinema deixou de ser uma opção. Jantar fora ou sair à noite também. Apenas gasto o que tenho, não me ponho a inventar dinheiro, quando ele não existe. 
Outra palavra que surgiu recentemente no vocabulário português é empreendedorismo. Hoje em dia, qualquer um pode ser empreendedor. Está sempre a passar na televisão casos de sucesso. Agora gostava de saber qual é o rácio entre aqueles que são bem sucedidos e aqueles que investiram as suas poupanças numa ideia e ficaram sem elas. Aqueles que investiram o seu dinheiro, o seu tempo em burocracias e no final ficaram sem nada. Nem sequer tiveram ajuda do Estado nem isenção de impostos, como alguns. 
Já deixei de ser patriótica e defender com garras e dentes este país. Que me desiludiu e me desilude todos os dias. Não são só os políticos. É toda uma população que se resigna com o presente, toda uma comunidade que não respeita o próximo. Onde pára o dever cívico? Todos os dias tenho que me desviar das pessoas, porque se não o fizer, vou ser abarroada. Já ouvi conversas que me deixaram desgostosa com a capacidade de as pessoas julgarem alguém pela aparência, clube de futebol ou aparelhos tecnológicos. Cada um é como cada qual. 
O país precisa de cidadãos formados e informados. Mas é preciso separar as águas. Não é obrigação das escolas (ainda!) educarem as crianças mal-educadas e malcriadas que surgem nas escolas. A sua função é ensiná-las, transmitir conhecimentos. Para que cresçam com a consciência e sensibilização necessária para saberem que cada individuo é especial na sua maneira de ser, que todos somos diferentes. É preciso que as pessoas saibam que não são um número. Ou vários. Sinto que a sociedade se está a transformar num monte de bolhas, cada um vive na sua e esquece-se do resto. Fora dessa bolha estão colados todos os números que nos identificam, contribuinte, segurança social, sócio da biblioteca, sócio do clube da freguesia, eleitor,... Para além desta '"sociedade-bolha", somos uma sociedade de consumo. A sociedade acredita na efemeridade dos recursos existentes e na capacidade do planeta se regenerar. O cidadão e as grandes entidades têm a capacidade fechar os olhos e não pensar sobre o que efetivamente acontece com as "coisas" que consumimos diariamente. Recursos básicos e primários, como a água e a energia, têm impactos prejudiciais a montante e a jusante da sua produção. A maior parte desses impactos nem sequer prejudica os cidadãos que consumiram este bem, mas populações dispersas por todo o planeta e que, provavelmente, não têm acesso a energia ou a água potável. É imprescindível formar cidadãos conscientes dos seus hábitos de consumo e incutir valores sustentáveis às gerações futuras. No entanto, é deveras complicado transmitir estes valores, pois a mensagem transmitida pelo governo e pelas empresas é que é preciso consumir. Para a economia funcionar e sairmos da crise, é a justificação dada. Basta comprar um novo telemóvel, um novo casaco ou uma nova batedeira e tudo se há-de compor. A realidade não é esta, porque para se produzir um telemóvel, casaco ou batedeira é preciso gastar bastantes recursos, que durante, após e depois da sua transformação geram resíduos e emissões a nível local, mas com impacto global. Chega de olhar para dentro da nossa bolha. Porque não rebentá-la para tentarmos construir um lugar mais justo e sustentável para nós e para as gerações futuras. A iniciativa tem de partir de cima, não do individuo comum, cuja ação individual não tem qualquer efeito na sociedade. 
Hoje fico-me por aqui com estas palavras de revolta. Tenho mais, muitas mais. Para já, ficam só para mim, não vá o "diabo tecê-las".

Rita D.*

Resíduos Indiferenciados e Recicláveis


    • Separar os resíduos: orgânicos, indiferenciados, papel/cartão, plástico/metal e vidro. Sei bem que Portugal não tem capacidade para recolha de resíduos orgânicos. Mas isto é tudo uma questão de mentalidades e de educação. Em Itália, separa-se o orgânico dos restantes resíduos. Para que servem os orgânicos? Para fazer compostagem...
    • Não tenho por hábito colocar para reciclar objetos que possam ter algum utilidade cá por casa, como por exemplo frascos do café, frascos da polpa de tomate ou até mesmo as latas de salsichas. Há uma infinidade de sites com ideias maravilhosas para aproveitar estes objetos e dar-lhes uma nova vida.



      Alimentação/Refeições


        • As sobras das refeições não podem nem devem ir para o caixote do lixo. Há sempre forma de aproveitar. Sobrou carne? Pode-se fazer uma salada ou uma massa. Ou uma tarte de massa folhada.
        • Normalmente, quando cozinho arroz, faço sempre a mais. Dá para as refeições seguintes e não gasto tanto tempo e energia a cozinhar. Além disso, fica já pronto para aqueles que têm medo dos tachos.


          quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

          Backstreet Boys are back

          Lembro-me da primeira vez que ouvi falar dos BSB e foi amor à primeira vista. Deve ter sido para aí em 1995, na garagem da minha avó. A minha prima tinha acabado de comprar o cd deles, o primeiro de todos e mostrou-me. Nunca tinha ouvido falar deles até àquele dia. A partir desse momento começou uma relação musical, que dura até hoje. Eu e a minha prima passávamos horas sem fim a ver cassetes deles e ensaiar os passos das coreografias. Sabíamos tudo de cor. Cada passo, cada volta, cada jeito. Ainda hoje tenho essas cassetes guardadas, para mais tarde relembrar.
          15 de Abril de 1998 - concerto da Backtreet's Back Tour: a emoção era tanta que não me recordo de muita coisa. Lembro-me de ter o bilhete na mão após comprá-lo e que valia 5 000 escudos, lembro-me de chegar à praça de touros, lembro-me de estar na fila. Dentro do recinto, lembro-me de comer batatas fritas Ruffles e da chuva de peluches. A maior chuva de peluches que vi. Do nada, dezenas de pequenos animais de pelúcia começaram a saltitar até ao palco, que se transformou num monte de peluches em 10 minutos. depois foram varridos em segundos para dentro de grandes sacos do lixo pretos. Do espetáculo em si, tenho poucas recordações, mas a que ficou gravada na memória foi quando o Howie subiu ao palco com um ramo de rosas e, enquanto ia cantando a solo, atirava rosas para o público. O delírio total. Na altura, era apenas uma jovem adolescente com o sonho de conhecer um dos boys. De lhes tocar. Histérica, literalmente. Ingénua, achava que nunca se iriam esquecer de mim. Como tantas que vi ontem.
          Hoje, três concertos mais tarde, esta paixão pela banda não pára de crescer. Podem gozar e comentar à vontade. A verdade é que as músicas dos BSB estiveram sempre presentes na minha vida, nos bons e nos maus momentos e ajudaram a superar algumas mágoas. Há músicas com que me identifico mais, outras menos, é como se fossem as qualidades e os defeitos de alguém. As músicas deles são como eu, cresceram e amadureceram ao longo do tempo e há fases mais agitadas do que outras. Como tudo na vida. Quase todos são casados e com filhos, estão numa fase completamente diferente do que estavam há vinte anos atrás e isso reflete-se nas músicas. Confesso que me identifico com muitas das músicas do novo álbum e é muito difícil escolher uma só, ao contrário dos álbuns anteriores. Havia sempre uma música com que me identificava mais. Mas quando ouço o A.J. cantar "Try", viajo para um cantinho só meu. É uma música mais emotiva. Adoro todas.
          Ontem, o concerto foi simplesmente mágico, foi tão bom vê-los todos juntos a cantar todos êxitos. A viagem, esperar horas na fila ao frio, o convívio faz tudo parte deste mundo criado pelos BSB, que junta multidões. Não é por acaso que são a boysband que está no Guiness com o maior número de discos vendidos. A melhor parte do dia de ontem foi voltar para casa, para os braços do homem que amo, para minha realidade, onde sou muito feliz. Junto de alguém que nunca se esquece de mim e que canta para mim. Os BSB fazem parte dessa realidade, aliás estão comigo agora, a cantar só para mim, no meu ipod. 

          Rita D.*

          sábado, 15 de fevereiro de 2014

          Would you be my valentine?

          Hoje é o tão famoso dia dos Namorados. Gosto de ser criativa e queria oferecer ao meu namorado algo com significado, algo feito por mim e que seja também algo que marque a nova fase das nossas vidas. Pesquisei na net por ideias originais e acabei por misturar uma data delas, fazendo assim um kit de "sobrevivência" para os meses separados. Chamei-lhe: 

          A minha mãe sempre diz que não sou nada artística. Realmente, estes crafts não são o meu forte, mas dei o meu melhor. Tendo eu formação na área do ambiente, tentei reciclar o máximo de coisas que encontrei. A caixa é uma de sapatos. Peguei em papel de embrulho e cola branca e comecei a decorar esta caixa. Os corações foram feitos em papel que tinha também por casa. Tudo muito ecológico...

          Arranjei papel de seda vermelho para forrar o interior e comecei a encher a caixa com objetos com algum significado: um mealheiro em forma de mala de viagem (para juntarmos dinheiro para as nossas aventuras), rebuçados para a tosse, pacotes de chá, chocolates (alguns feitos por mim), recortes com projetos, uma mapa da Europa com cidades a visitar e gomas (feitas por mim)... Escrevi numas cartolinas algumas mensagens, que juntei aos objetos espalhados pela caixa. Para completar esta caixa, escolhi umas fotos, procurei na net um site para editar. Queria que fossem do género Polaroid. E voilá!!! 













          A reação fica só para mim.

          Feliz dia dos Namorados!

          Rita D. *

          sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

          sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

          Matemática

          Hoje deu-me para fazer contas. Umas mais interessantes, outras nem por isso. Cheguei, no entanto, à conclusão de que terminei o meu curso há 3 anos, 6 meses e 16 dias ou simplesmente há 1296 dias. Tanto tempo para concretizar alguma coisa. Desde que terminei o curso, já passei por cerca de sete locais, onde trabalhei, de uma forma ou de outra. Foram espaço onde cresci profissionalmente, mas definitivamente pessoalmente. Não me arrependo do percurso percorrido, já que me trouxe ao que sou hoje e ao que tenho hoje. Não trocava as lágrimas, as chatices, as dores de cabeça por nada. 
          Quem está desempregado, sabe o que se passa (mais ou menos) dentro de uma cabeça desocupada. Cada um reage da sua forma, mas, de uma forma geral, as preocupações devem ser idênticas. Eu, por exemplo, tento acordar à mesma hora, como se tivesse emprego. No entanto, o meu corpo rejeita este pedido. Aquela parte do inconsciente é mais forte que o consciente e constantemente obriga-me a dormir mais um bocado. "Mais um bocado!" é mentira, porque depois vem outro "mais um bocado" e assim sucessivamente, até o vizinho começar a ensaiar as suas serenadas ao piano, violino ou flauta. O corpo recusa-se a tomar qualquer ação, pois sabe que o dia de hoje vai ser igual ao de ontem e ao anterior. Vai ser mais um dia passado em frente ao pc e à televisão. A inventar coisas para ver ou para fazer. Nada que me faça chegar ao final do dia e pensar "Uau, hoje fiz algo realmente útil." Não. Não. A rotina é quase sempre a mesma. No entanto, há sempre a parte boa do dia... Mais que boa :)
          Muito em breve tenho novidades sobre o meu futuro, mas por agora está guardado no segredo dos deuses, ou melhor, família.

          Rita D.*

          quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

          Inspiração procura-se

          Já nem me lembro da última vez que escrevi alguma coisa, seja no blog ou para mim. Será falta de inspiração? Ou será que só escrevo quando estou mais em baixo?
          Independentemente da razão, não gosto de deixar o blog desatualizado. Estou em modo "férias", por agora, e ando à procura de inspiração. Preciso de ideias novas, que me incentivem a caminhar minha conta. Não posso desvendar para que são as ideias, mas posso adiantar que são para diferentes "projetos" que tenho em mente.
          Aproveitei o dia de hoje para fazer uma "limpeza" ao meu computador. Documentos, músicas, imagens. Tudo o que estava apenas a ocupar espaço, passou para um disco e foi removido do pc. No entanto, encontrei algo que quero partilhar. Algo que, na altura chamei, Mandamentos Bemore e foram estes que escrevi na minha tábua:
          1. BEMORE Romantic
          2. BEMORE Creative
          3. BEMORE Bold
          4. BEMORE Sweet
          5. BEMORE Communicative
          6. BEMORE Glamorous
          7. BEMORE Adventurous
          8. BEMORE Mysterious
          9. BEMORE Green
          10. BEMORE You, não sejas o que os outros querem que sejas. Sê tudo aquilo que queres. Não tenhas medo de arriscar.
          Tenho ainda outras hipóteses, mas chegou o momento de eu pôr efetivamente em prática estes mandamentos. Talvez um BEMORE Positive esteja em falta... 

          Rita D.*