quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Backstreet Boys are back

Lembro-me da primeira vez que ouvi falar dos BSB e foi amor à primeira vista. Deve ter sido para aí em 1995, na garagem da minha avó. A minha prima tinha acabado de comprar o cd deles, o primeiro de todos e mostrou-me. Nunca tinha ouvido falar deles até àquele dia. A partir desse momento começou uma relação musical, que dura até hoje. Eu e a minha prima passávamos horas sem fim a ver cassetes deles e ensaiar os passos das coreografias. Sabíamos tudo de cor. Cada passo, cada volta, cada jeito. Ainda hoje tenho essas cassetes guardadas, para mais tarde relembrar.
15 de Abril de 1998 - concerto da Backtreet's Back Tour: a emoção era tanta que não me recordo de muita coisa. Lembro-me de ter o bilhete na mão após comprá-lo e que valia 5 000 escudos, lembro-me de chegar à praça de touros, lembro-me de estar na fila. Dentro do recinto, lembro-me de comer batatas fritas Ruffles e da chuva de peluches. A maior chuva de peluches que vi. Do nada, dezenas de pequenos animais de pelúcia começaram a saltitar até ao palco, que se transformou num monte de peluches em 10 minutos. depois foram varridos em segundos para dentro de grandes sacos do lixo pretos. Do espetáculo em si, tenho poucas recordações, mas a que ficou gravada na memória foi quando o Howie subiu ao palco com um ramo de rosas e, enquanto ia cantando a solo, atirava rosas para o público. O delírio total. Na altura, era apenas uma jovem adolescente com o sonho de conhecer um dos boys. De lhes tocar. Histérica, literalmente. Ingénua, achava que nunca se iriam esquecer de mim. Como tantas que vi ontem.
Hoje, três concertos mais tarde, esta paixão pela banda não pára de crescer. Podem gozar e comentar à vontade. A verdade é que as músicas dos BSB estiveram sempre presentes na minha vida, nos bons e nos maus momentos e ajudaram a superar algumas mágoas. Há músicas com que me identifico mais, outras menos, é como se fossem as qualidades e os defeitos de alguém. As músicas deles são como eu, cresceram e amadureceram ao longo do tempo e há fases mais agitadas do que outras. Como tudo na vida. Quase todos são casados e com filhos, estão numa fase completamente diferente do que estavam há vinte anos atrás e isso reflete-se nas músicas. Confesso que me identifico com muitas das músicas do novo álbum e é muito difícil escolher uma só, ao contrário dos álbuns anteriores. Havia sempre uma música com que me identificava mais. Mas quando ouço o A.J. cantar "Try", viajo para um cantinho só meu. É uma música mais emotiva. Adoro todas.
Ontem, o concerto foi simplesmente mágico, foi tão bom vê-los todos juntos a cantar todos êxitos. A viagem, esperar horas na fila ao frio, o convívio faz tudo parte deste mundo criado pelos BSB, que junta multidões. Não é por acaso que são a boysband que está no Guiness com o maior número de discos vendidos. A melhor parte do dia de ontem foi voltar para casa, para os braços do homem que amo, para minha realidade, onde sou muito feliz. Junto de alguém que nunca se esquece de mim e que canta para mim. Os BSB fazem parte dessa realidade, aliás estão comigo agora, a cantar só para mim, no meu ipod. 

Rita D.*

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