sábado, 22 de outubro de 2011

E fez-se luz...

Não me posso nem devo queixar. Tenho um estágio profissional, pelo menos até Março e tenho saúde, apesar da quantidade diária de comprimidos que tomo. Mas pelo menos, é uma “doença” com solução.
Ontem saí da Casais a pensar nas palavras sábias do meu mister (eu agora faço de conta que jogo futebol). Ele disse que ir para o Porto é complicado para mim, porque me deixa ainda mais triste. Foi aí que me deu o click! Foi aí que eu percebi porque passo os fins-de-semana chateada com os meus pais, a tentar chamar a atenção do meu irmão e a dormir no sofá. Porque antes era feliz, ou pelo menos era assim que me sentia e agora não consigo voltar a sentir como antigamente sozinha. Eu sei que já devia de ter ultrapassado esta situação, blá, blá, blá. Mas NÃO CONSIGO!!! Paciência, não me pressionem. Deixem-me sofrer o que tenho para sofrer, amar o que tenho para amar. Eu se quiseres conversar, converso. Mas só quando tiver a certeza de que não me vou desiludir e com quem não me vai desiludir.
Ah, eu tenho um mister que é bem mais à frente que o Mourinho ou o Villas-Boas. Só ainda não descobriu que eu sou uma nabiça a jogar à bola.
Rita*

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Doações

O meu mundo está de pernas para o ar, por diversas razões que não são para aqui chamadas. Este post é para pedir a todos aqueles que leem o meu blog para ajudarem dois meninos de Cunha, Paredes de Coura. Eles vivem com a avó, têm cerca de 10 – 14 anos.
Eu já dei o pontapé de saída, literalmente. Comprei uma bola de futebol. Tudo o que quiserem dar, é bem-vindo. Jogos, livros, roupas. Aposto que eles vão gostar.
Obrigada!!
Rita*

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

L.G.

Fiquei sem o meu Lucho por tempo indeterminado, está lesionado e bem lesionado... E agora, o que vai ser de mim?

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Baú de Textos 3 - Carta aberta

Estou ferida. Estou magoada. Estou ressentida. Estou desiludida. Estou triste. Estou apática. Contigo, comigo e com a vida. Contigo porque conseguiste ser ainda mais cruel do que aquilo que já tinhas sido. Não tens a maturidade para me dar as respostas, mesmo depois de me tratares como se não significasse nada para ti. Não tens a coragem sequer para falar comigo cara-a-cara, de me enfrentar. És um cobarde. Um fraco que não me consegue ver sofrer, mas que gosta de me fazer sofrer. Comigo, porque te deixei entrar. Nunca o devia ter feito. Já devia de saber, já devia de ter aprendido a não confiar. Com a vida, porque te empurrou até mim naquele dia, aproximou-nos e depois tirou-te de mim, sem o mínimo de consideração. Não sou capaz de te perdoar. Não agora.
Estava tão bem sem ti. Estava feliz, leve e serena. Pela primeira vez, em muito tempo, estava bem comigo mesma e com o que me rodeava. Porque é que resolveste estragar tudo? Que prazer doentio tiveste e tens em ver-me sofrer? Ah, tu não vês. Pois, estás longe, não te queres encontrar comigo. Bem mais simples esta saída. Podes achar que dizer essas “verdades” são melhor para me afastar de ti, mas não são. São o melhor caminho para eu não confiar nas pessoas, para andar ressentida com a vida. São o caminho indicado para eu nunca mais confiar em ti, nem sequer considerar a hipótese de ser tua amiga. Às vezes dou por mim a querer contar-te qualquer coisa, uma novidade, uma cusquice qualquer, mas não posso. Não posso dizer-te que estou triste. Não posso dizer-te como correu o meu dia. Não posso dizer-te a falta que me fazes. Não te posso contar as novidades. Porque não queres saber, não estás minimamente preocupado com isso e depois porque já não confio em ti.
Acabaste o namoro comigo sem motivos válidos, agora vejo mais claramente. Tu simplesmente desististe quando achaste que as coisas iam ficar mais complicadas. Fraco. Não me mereces. Definitivamente. Não mereces que alguém goste de ti como eu gosto de ti, porque as tuas inseguranças vão levar-te sempre a estragar tudo. Claro que não estás à minha altura, mas isso é porque tu não quiseste estar, com estas tuas atitudes imaturas, que só demonstram que tudo o que vivemos foi mentira. Não gostas de mim, nem sei se chegaste a gostar. Diz-me, era tudo para ver como seria namorar com uma rapariga mais velha?
Disseste que querias continuar a ser meu amigo, mas assim que me aproximei de ti, a tua reação foi afastar-me, violentamente. Não gostas de ser pressionado. Paciência!! A vida está cheia de coisas que não gostamos. Habitua-te. Disseste que ia ser a tua prioridade. Que me adoras. Que as coisas iam ser como antes, que íamos falar todas as noites. Mentiroso. Preferes esquecer e deixar-me sozinha, porque para ti é mais fácil, do que saber que estou triste. Tens o tempo todo para organizares a tua vida, como pediste. Estás à vontade. Perdeste, provavelmente, uma das melhores coisas que tinhas na vida. E tu sabes disso. Eu sei que sabes. Eu perdi o meu melhor amigo, sobretudo.
Sentia-me amada, querida por alguém, segura. Sentia que podia deixar-me cair de costas que tu me ias apanhar. Pela primeira vez na vida. Mas afinal era tudo uma grande mentira, não era? Confundiste os sentimentos, não foi? Ou sentiste-te tão arrebatado pela atenção de uma rapariga mais velha, que ficaste iludido? As coisas que me disseste não se confundem, sentem-se e ponto final. Mas para ti, agora, isto não passou tudo de uma bela amizade. Não teve qualquer significado para ti. Mais uma para a lista.
O erro talvez tenha sido começarmos a namorar demasiado rápido, mas foi a forma como as coisas evoluíram, com muita velocidade. Sei que foi prematuro e reconheço isso. Devíamos ter dado tempo ao tempo, mas aconteceu. Não temos uma segunda oportunidade, ambos a desperdiçamos, ambos a deitamos pela janela fora. Agora tenho que aprender com os meus erros, aceitá-los e seguir em frente.
Nós começamo-nos a afastar quando vim morar para Braga, porque não estava contigo à semana e, se calhar, não me perdoaste por isso. Por isso foi se tornando mais complicado para nós estarmos juntos, só ao fim-de-semana, mas tu tinhas que dividir a atenção com a minha família. Mas nunca abdiquei de nada para estar contigo, porque era contigo que eu queria estar, eras a minha prioridade. Queria ser a tua prioridade. E nunca te pedi para abdicares de nada por mim, antes pelo contrário, sempre te disse para fazeres as tuas coisas.
De acordo com Elisabeth Klüber-Ross, quando sofremos uma perda, passamos por cinco fases diferentes de dor. Começamos pela negação. A perda é tão impensável, que achamos que não pode ser verdade. Zangamo-nos com todos. Zangamo-nos connosco mesmos. E depois negociamos o que sentimos. Imploramos. Pedimos. Oferecemos tudo o que temos. Quando a negociação falha e é difícil continuarmos zangados, entramos em depressão. Em desespero. Até que aceitamos que fizemos tudo o que podíamos. E deixamos ir. Deixamos ir e passamos à aceitação. Eu ainda estou na fase da ira, de estar revoltada com tudo e com todos. Principalmente com todos, porque ninguém foi capaz de me alertar para o perigo que era estar contigo. Preferiram ver-me dar com a cabeça na parede com força. E agora quem apanha os cacos e cola tudo? Tu não és, já que não estás cá para ver os estragos que causaste, nem para ajudar a colar. Ao invés, até resolveste pisar mais um bocado nos estilhaços.
A dor pode ser algo que todos temos em comum, mas é diferente em cada um de nós. Não é apenas a morte que temos que chorar. É a vida! A perda! A mudança! E quando nos perguntamos porque tem de ser tão mau, porque tem de doer tanto, é quando percebemos que tudo pode mudar de repente. É assim que nos mantemos vivos. Quando dói tanto que não conseguimos respirar. É assim que sobrevivemos e continuamos. Hoje dói tanto que não dá para respirar nem comer. Como é que eu me deixei chegar até aqui? O pior disto tudo é que não tenho controlo nenhum sobre a dor ou a tristeza, aparece quando menos espero e quero, sem aviso prévio, e desarma-me por completo. Atira-me ao chão. Tento pensar em coisas boas que abstraiam o meu pensamento de ti e desta tristeza que sinto dentro de mim, por vezes é complicado. Tenho que me ocupar, cursos, voluntariado… Para não pensar em ti.
Às vezes quando penso que já a estou a ultrapassar, ela começa de novo. E de cada vez que começa... deixa-me de rastos... sem fôlego. Depois qualquer coisa, por mais insignificante que seja, é motivo de tristeza.
Agora o que realmente preciso é de voltar a encontrar aquele lugar, onde estava antes de te conhecer. Lá sim, era feliz. Os últimos três meses, aparentemente, foram uma espécie de realidade alternativa, de sentimentos confundidos. Quero ser aquela pessoa que sorri por nada, que está bem com tudo o que lhe surge na vida e abraça todas as oportunidades. Quero viajar. Quero conhecer pessoas novas. Quero aprender. Quero divertir-me. E acima de tudo quero esquecer-te, porque lembrar-me de ti, neste momento, não me trás boas recordações. O meu caminho é sem ti, não te quero. Admito que talvez te aceitasse de volta, mas agora já não. Não. Não depois da forma como me trataste estes dias. Eu é que sou a idiota, que, apesar de tudo, tentei aproximar-me de ti. Para dar no que deu. Eu nunca fiz nada para merecer que me tratasses como tu me trataste. Nunca!!
Quero que o tempo passe, para chegar o dia em que te consiga agradecer. Agradecer por teres estado presente na minha vida, pelas coisas boas que me trouxeste. Agradecer-te porque parte do que sou hoje devo-te a ti, mas acredita, é uma parte ínfima, microscópica. Agradecer-te também, porque saíste da minha vida, por me teres terminado o namoro. Agradecer-te ainda pelas coisas que aprendi contigo. Mas neste momento tudo o que consigo ver é mágoa. E tudo o que me apetece é tratar-te mal, como me trataste. Mas não tenho esse perfil. Tempo é o que eu preciso. Para voltar a ser eu, o que não vai acontecer enquanto pensar e gostar de ti. A medicação torna-me mais instável, é certo, e, talvez, 80% destas palavras sejam exageradas. Sejam fruto da discrepância da realidade que eles causam. Mas muitas delas são o que sinto.
Não te preocupes, não vais ler estas palavras tão cedo. Não mereces ler o que escrevo sobre ti. Não tens esse direito. Escrevo e guardo. É a minha forma de exteriorizar os meus sentimentos. Numa folha de papel.
Sou superior a tudo o que me fizeste. Queixo para cima. Encher o peito de ar e seguir em frente…


Rita Dinis, 14/09/2011

domingo, 2 de outubro de 2011

Finding myself again!!

Hoje acordei com um pensamento… Pode ser estúpido, mas começa até a fazer sentido na minha cabeça. Lembrei-me da vez em que ele me disse que andava a treinar com a equipa de juniores feminina, isto já em Agosto. Fazendo as contas (para mim 2+2 ainda são quatro), isso quer dizer alguma coisa. Ou não? Ok, eu passo a explicar o que me ocorre neste momento. Penso que eles os dois já estariam a falar antes mesmo de acabarmos. É pena, um dia, quando ele se aperceber o que perdeu, já é tarde demais. Aliás, hoje já é tarde demais. O intercidades (não vou ser convencida ao ponto de referir o alfa pendular) já partiu, tem que se contentar com um regional ou até mesmo urbano… Quando tento recordar alguns dias do namoro, alguns já surgem meios difusos, meios enevoados. Isto é bom? Será que quer dizer que já me estou a libertar daquela sensação ridícula de carência ou saudade? Magoada já não estou. Até porque sinto que me fez um favor. Sinto-me algo irritada com aquela coisa de não saber o que foi verdade ou mentira na relação, por ele ter terminado como o fez e por já ter namorada (em menos de um mês). Só isso. Estou bem com o que tenho, apesar de notar que ando irritadiça com algumas pessoas, que me chateio mais facilmente com nada ou que, por vezes, o meu pensamento divaga até ele. Mas querem saber o que sinto, honestamente? Nada. Rien de rien. Niente. Nothing. Em relação a ele, obviamente.
Pronto, pronto, eu mudo de assunto, já dediquei demasiadas linhas a este tema. Até porque a beleza e a tranquilidade desta terra não merecem pensamentos mais tristes. Nem sequer merecia que o trouxesse até cá. Algum do seu encanto foi retirado ao meu pedaço de céu, foi quebrado.
Há dias em que me sinto sozinha, mesmo estando rodeada de pessoas. Fico ligeiramente desapontada com as pessoas que dizem ser minhas amigas e na hora de maior tristeza, nenhuma dessas pessoas esteve lá. Sei que não posso exigir que as pessoas abandonem as suas prioridades para irem até Braga ter comigo. Não somos todos iguais, não devia de ter as expectativas tão altas. Tenho que puxar a fasquia mais para baixo, é por isso que depois me desiludo. Nunca falhei com ninguém, especialmente quando precisavam de um ombro amigo. Por isso, há horas em que sinto que estou sozinha, talvez até abandonada por aqueles que dizem que se importam comigo. Mas depois, há aquelas pessoas, que, por nada, assim de repente, se lembram de nós. Mesmo naquele dia de maior tristeza. Há muitas. Mas queria referir o Tiago, que está longe. Ele nem sabe como me fez bem ler aquela mensagem, naquele dia específico (por falar nisso, já encontraste candidatos à altura??). Ou ler uma mensagem da Luísa. Ou um e-mail do Luca, que, de tão longe, me diz coisas animadoras, como: “não é necessário ficar assim por uma pessoa que não te merece“ ou “tu tem só que fazer as coisas que o teu coração vai sugerir e antes o depois tenho certeza que as coisas serão só boas pra ti”. Ou mesmo saber o que o meu blog é lido por todos vocês. Ou um abraço da Zezinha, uma conversa motivadora com o Batista (o Anónimo!!). Essas pessoas sim, valem a pena, não ele, nem ninguém que não teve a capacidade de me apoiar. Podia passar horas a enumerar toda a gente. Mas eles sabem quem sou. Espero eu. Segundo o meu amigo Tobé, eu dependo sempre de alguém. Família, amigos. Talvez seja verdade, mas também já vivi o suficiente para saber que aguento bem sozinha, sei daquilo que sou capaz. Aliás, nem me importava de morar aqui sozinha. Ou talvez, só precise dessa moleta quando não estou bem e preciso de alguma coisa onde me agarrar. De alguém que me faça ver a vida com outras cores, porque sozinha não o posso fazer. Não sei. Depende do dia, da disposição, da vontade de fazer coisas, da necessidade de transformar o dia num memorável.
Ontem fomos fazer uma caminhada, o Trilho Megalítico de Vascões… Pelo caminho apanhámos de tudo, castanhas, amoras, uvas, kiwis, marmelos e maças. Andamos durante três horas seguidas. Encontramos carneiros acabados de nascer, com apenas duas horas de vida. Tão lindos. Vimos cogumelos gigantes, daqueles que o Jamie Oliver gosta de ir apanhar para os bosques ingleses. Mais abaixo seguem algumas das fotos que tirei. Ao tempo que não caminhava por terras courenses e adoro a sensação que me trás. Paisagens como nunca vi. Pessoas amáveis e simpáticas, que nos oferecem coisas. Ar puro, cheiro a eucalipto, cheiro a pinheiro. Como amo estar cá. Seja Verão ou Inverno, não importa. O que importa é que aqui consigo sentir-me bem, mais leve. Longe dele e dos problemas da vida.
Também fomos comprar botas, sapatos e óculos de sol à Fly London!! Sim, sei onde fica a fábrica da Fly London. Sim, é em Paredes de Coura. E Sim, tem loja outlet. Não, não digo onde é!!!
Logo o Porto vai ganhar. O Benfica passou à frente, à sétima jornada, e eles já festejam como se fossem campeões nacionais. É sempre a mesma coisa. Não estão habituados a ganhar, ficam todos excitados com meia dúzia de vitórias. O Porto, por outro lado, habitou mal os seus adeptos. Agora só querem vitórias e cada tropeço no caminho, ficam desapontados, zangados até com a equipa e o seu treinador. Está bem que algumas das decisões do Vítor não são as mais felizes, mas temos que dar tempo ao tempo. Tempo para se adaptarem. Também não precisamos de ser somíticos e ganhar tudo, todos os anos. Deixam lá os outros ganharem uma vez ou outra. É da maneira que lá para baixo se tornam mais produtivos e pode ser que o país avance mais um bocado.
Para além do Workshop de Chocolate, também me vou inscrever num de Mixologia (vês o que andas a perder?). Alguém sabe o que isso é? Não? Vou aprender a fazer cocktails. Assim, quando estiver novamente desempregada posso sempre ir trabalhar para um bar ou uma discoteca. Há que sempre as coisas pelo lado positivo.
Tenho até dia 6 deste mês para me inscrever no curso de línguas. Estou mais inclinada para o Alemão. Até porque têm um curso de Alemão para engenheiros. Não me apetece nada fazer o A1 pela terceira vez, sempre pelo mesmo motivo (falta de oferta).
Ah, quero pedir desculpa à Inês por não ter conseguido ir ao jantar dela, de despedida. Prometo que te recompenso, antes do que estás à espera!!!
Acho que por agora é tudo… Volto dia 4, com um “Baú de Textos”! Espero que gostem, porque sei de alguém que não vai gostar. Vou mas é apanhar sol e ler.
Beijos e abraços,
Rita*