segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Post # 200

Este texto é sobre um arrependimento que tenho. Que me ocupa parte do coração e que tende a retrair-me. A minha avó faleceu há pouco menos de ano e meio. Ela costurava, fazia renda, tricot e tínhamos alguns projetos em conjunto, que nunca viram a luz do dia. Por minha culpa. Porque havia dias em que não tinha paciência para ouvir, outros simplesmente não estava com vontade. Agora quero aprender a costurar, a fazer tricot, mas ao mesmo tempo não quero. De cada vez que faço tricot penso que ela estaria orgulhosa de mim estar a tentar, mas queria que ela visse e me desse as suas preciosas dicas. A minha avó partiu e não tenho como tirar este sentimento horrível de dentro de mim. A minha avó partiu e não me despedi dela... Só damos valor às pessoas depois de as perdermos? Ela sabia que eu a amava. Eu gosto de acreditar que sim.
Tercília, estejas onde estiveres, quero que saibas que te amo e que tenho mais do que muitas saudades tuas. Deixaste-me desamparada. Poh, agora ninguém me dá rissóis de camarão. Estou a brincar. Por vezes, sinto-te perto de mim. Sabes que eu não estou sempre a pensar em ti, porque não quero estar sempre triste...
Rita D.*

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